HISTÓRICO

CONTEÚDO

  1. O Surgimento no Sul do Brasil
  2. O Eixo São Paulo - Rio de Janeiro
  3. A presença na Diocese Anglicana do Recife (DAR)
  4. A presença no Centro-Oeste (DMA)
  5. Do Norte para o Sul: o ressurgimento da OSB-EA no Rio Grande
  6. Estabilidade, Resiliência e Crescimento


1. SURGIMENTO NO SUL DO BRASIL

Em 1993 o Prior Sebastião busca, através de Dom Joaquim de Arruda Zamith, a sólida base na formação beneditina, e exatamente em 04 de novembro daquele ano, com a autorização do Bispo Claudio Gastal, é permitida a formação de um grupo, uma primeira Congregação.

Em 1995 o primeiro grupo está formado e organizado na Diocese Meridional como um trabalho local. Um grupo de espiritualidade beneditina.

Em 1998 com a devida organização de mais um grupo, agora na Diocese Sul-Ocidental, o beneditismo anglicano deixa de ser um trabalho local, diocesano, ganha feições para além de uma região, para além de uma diocese e o Prior, Reverendíssimo Cônego Sebastião Teixeira (Frei Benito) não lidera tão somente um grupo local. 22 de junho de 1998, três anos após o início do primeiro grupo, tem sido comemorado como marco de constituição prática da então OASB como uma Ordem, e do Priorado como uma liderança que busca a harmonia dos membros de diferentes locais do Brasil.

2. O EIXO SÃO PAULO-RIO DE JANEIRO

Em São Paulo, Leandro Campos e Ricardo Maioline tomam conhecimento da existência de beneditinos anglicanos no Brasil. Sabia-se do cultivo do trabalho do Bispo de Dom Osório Pires Prado no antigo Ora et Labora, mas a existência de um grupo continuado, sem interrupções, e existente para além de uma diocese foi corretamente percebido como a possibilidade de participação nesta herança.

O Prior Sebastião tinha parentes em São Paulo, cidade a qual ia anualmente. Por conta disso, para além do contato telefônico houve o contato presencial de Leandro e Ricardo com o Prior, e o início dos trabalhos com eles no âmbito da DASP.

Quase que simultaneamente, com diferença de poucos meses, no Rio de Janeiro Fabiano Nunes (que fora um frequentador do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro antes de se tornar anglicano), pesquisando sobre a tradição beneditina e o anglicanismo toma conhecimento sobre a Ordem no Sul e contata o Prior Sebastião após a descoberta de um antigo site.

Leandro Campos e Ricardo Maioline iniciam seus processos, e alguns meses depois Fabiano Nunes o seu. A partir daí, em todas as idas de Frei Benito, o Prior Sebastião, a São Paulo, o grupo se reunia. Leandro (Frei Patrício) e Ricardo (Frei São João da Cruz) fazem a oblação em 2005 e Fabiano (Frei Jerônimo de Estridão) em 2006.

Fabiano, Prior Frei Sebastião, Ricardo e Leandro 

Por essa época tomam conhecimento que o grupo no Sul do Brasil na prática já não funcionava mais como Ordem. Falecimentos, mudanças de residência e principalmente dificuldades no atendimento do Prior Sebastião ao grupo impossibilitaram a continuidade.

Entretanto os beneditinos têm crescimento na DASP. Nomes como Antônio, Marcelo, Edinaldo, Lucas, Tiago, Régis e Reginaldo se agregam. Ao todo são seis oblatos (contando com Fabiano, do RJ) e outros três participantes (postulantes e noviços). Alguns deles, ao longo do tempo, e por motivos pessoais, paroquiais ou diocesanos, acabam por sair da IEAB, e nesses casos automaticamente a Ordem os desvinculava. Por essa época ficam oficialmente dois oblatos (Frei Patrício, Frei Jerônimo de Estridão), dois então noviços (Régis e Reginaldo) e um postulante (Tiago).

Prior Frei Sebastião com seu primeiro grupo

Em 2010 a pedido do Prior Sebastião, o Frei Patrício assume o Priorado. Em 2011 Patrício faz a oblação do Reverendo Reginaldo Marcelo (Frei João Crisóstomo) e de Régis (Frei Anselmo). Patrício fica a frente da Ordem por pouco menos de dois anos, até 2012. Em 2012 passa o Priorado para Fabiano Nunes (Frei Jerônimo de Estridão) e em 2013 se retira da IEAB.

Frei Jerônimo, Prior Frei Patrício, Frei João de Crisóstomo e Frei Anselmo

Ao assumir o Priorado em 2012 Fabiano Nunes vai a São Paulo e faz o noviciado de Tiago. Posteriormente, em consentimento com os demais membros beneditinos, declara a suspensão temporária de atividades da OSB na DASP até que a situação da eleição episcopal local seja concluída. Com o fim das questões de sucessão, dos membros paulistas somente Reginaldo Marcelo (Frei João Crisóstomo) permanece fiel na IEAB e dentro na Ordem.

Leandro sai e retornará a IEAB somente cerca de oito anos depois, em 2020, mas, tendo também carisma franciscano, não se vincula a OSB-EA. Em 2021 falece vítima da pandemia.

Em 2021 Álvaro Antunes requere seu reconhecimento a Ordem, somando com o Reverendo Reginaldo e o então Prior Fabiano, como mais um beneditino do Eixo São Paulo-Rio de Janeiro.

3. PRESENÇA NA DIOCESE ANGLICANA DO RECIFE

Anteriormente sacerdote católico romano ordenado por Dom Hélder Câmara, Felix Batista Filho (posteriormente Frei Gregório Magno) foi de grande importância para o surgimento dos beneditinos anglicanos no Recife. Ele fez os primeiros contatos com a Ordem, ainda ao final do Priorado do Frei Patrício.

Pouco depois de assumir como Prior da Ordem o Revdo. Fabiano Nunes, Frei Jerônimo, faz o contato com o Nordeste, providenciando a devida formalização do processo dos postulantes e, posteriormente - com a sequência dos estudos - a formação de noviciado, feita tanto a distância por ele, quanto presencial com a intermediação do Frei Gregório.

Em 2013 Reverendo Fabiano vai a Recife e são realizadas as Oblações.

Prior Frei Jerônimo e as primeiras oblações em Recife

Com o posterior cisma na Diocese Anglicana do Recife, os que se desvincularam da IEAB foram desligados da Ordem, mas os beneditinos continuaram a existir no Recife e hoje destaca-se o trabalho local dos Irmãos Revdo. Elias Leôncio (Frei João de Capistrano) e Anderson Bruno (Frei Thomas Cranmer).

4. PRESENÇA NO CENTRO OESTE (DMA)

Ainda na caminhada de consolidação dos trabalhos em Recife há o contato entre Frei André Rublev, então no Mato Grosso e o Prior Fabiano.

Rublev havia iniciado um trabalho beneditino, mas - sem um claro conhecimento da existência da Ordem - quando soube da mesma desejou que seu trabalho local pudesse estar adequadamente vinculado. Mantendo-se respeito do Prior ao trabalho já iniciado, o trabalho no Distrito Missionário Anglicano (DMA) foi trazido para o âmbito da OSB - EA e aos poucos o Frei Jerônimo buscou uma integração entre os trabalhos existentes no Nordeste com o Centro-Oeste, que, com a ida do Frei Rublev de Cuiabá (MT) para Campo Grande (MS), se transfere para aquele estado.

Frei Rublev, Frei Agostinho, Frei Sérgio, Prior Frei Jerônimo, Noviço Antônio

Apesar da saída de Frei Rublev da IEAB o trabalho continuou a caminhar. E tanto as atividades locais da Ordem com Frei Sérgio de Radonej (Sérgio Wanderly), quanto a atuação na formação beneditina para toda a Ordem (através da importantíssima contribuição do Reverendo e Professor Victor Hugo, Frei Agostinho de Hipona) os beneditinos do Centro-Oeste continuaram a enriquecer a OSB-EA de forma singular, fazendo a diferença contribuindo com seus preciosos talentos.

5. DO NORTE PARA O SUL: O RESSURGIMENTO DA OSB-EA NO RIO GRANDE

Ainda na época do diálogo do Prior Jerônimo de Estridão (Revdo. Fabiano Nunes) com Frei Rublev, o Reverendo Fernando Rei Ponçadilha, então na Diocese da Amazônia, e com o necessário consentimento do então Bispo Diocesano, Dom Saulo Barros, solicita seu início de processo junto a OSB-EA. Com sua transferência para a Diocese Sul-Ocidental a Ordem voltou a ter um postulante beneditino no local onde, em 1998, pode se dizer que ela (OSB-EA) ganhou caráter "nacional", por ter sido a segunda diocese com grupo beneditino sob liderança do Prior Fundador, Revdo. Sebastião.

Revdo. Ponçadilha (Frei Makarius) foi então o primeiro postulante a requerer entrada na Ordem na Região norte do país, e foi considerado oblato (já no Sul) desde 2020, com cerimônia feita em data posterior a esse ano devido a pandemia acontecida.

Oblação de Frei Makárius

Ainda no Sul, precisamente na Diocese Anglicana de Pelotas, Revdo Márcio Figueiredo (Frei Albino), já com caminhada e experiência do antigo grupo beneditino Ora et Labora, iniciado pelo saudoso Bispo Dom Prado, passa também em 2020 a integrar a OSB-EA como membro, tendo sua cerimônia de reconhecimento de votos de oblação também feita a posteriori. Sua presença foi de tal modo aprovada internamente que foi escolhido Prior em 2022 na primeira eleição promovida com esta finalidade.

Assim como Frei Makarius, o Reverendo Anderson Bruno, Frei Thomas Cranmer, oblato de pleno direito desde 2020, teve sua cerimônia de oblação também em 2022, com o uso de rito extraordinário (intermediado pelo Frei Capistrano), que foi referendado não só pelo então Prior, mas por toda Ordem reunida no retiro daquele ano em São Paulo, e cuja utilização foi exclusivamente para aquele momento de "final" da pandêmia.<br>.

Investidura Online do Prior Albino de Angers

Oblação Frei Thomas Cranmer

6. ESTABILIDADE, RESILIÊNCIA E CRESCIMENTO

O ambiente da Ordem sempre foi integrado e harmônico, um raro espaço de acolhida, muito equilíbrio e crescimento pessoal e coletivo. Logicamente, questões em diferentes Dioceses - ainda que por vias indiretas - reverberaram de alguma forma na quantidade de membros da OSB, mas a Ordem nunca se abalou e sempre sobreviveu, tanto pela sua moderação interna, quanto pela sua estrutura unificada, aspecto nacional consolidado especialmente a partir do terceiro priorado.

O Cisma na Diocese Anglicana de São Paulo, com clérigos e paroquianos de diferentes comunidades saindo para integrar o autodenominado MAB, depois seguido do Cisma na Diocese Anglicana do Recife, depois a repentina saída de Frei Rublev da Paróquia da Inclusão (principal comunidade do Distrito Missionário Oeste no Mato Grosso do Sul) foram situações "externas" que, inevitavelmente, atingiam a Ordem, pois um ou outro membro, devido a realidade de sua paróquia local, ou seu envolvimento diocesano, acabaram tomando outros rumos.

Mesmo tendo amado e respeitado irmãos que conviveram (e, é necessário reconhecer: na história da Ordem nenhum desses ex-membros teve internamente qualquer desentendimento, atitude desrespeitosa ou mesmo ruído de comunicação, muito pelo contrário) a OSB-EA mantinha e mantém seu rígido critério de, em pleno respeito e fidelidade a Igreja, só aceitar para iniciar processo, tornar membro e manter em seus quadros, anglicanos em comunhão com a IEAB, 19ª Província da Comunhão Anglicana.

Para além das questões locais, a Pandemia COVID 19 representou outro desafio, adiando (para o devido cuidado e proteção de todos) retiros presenciais e a realização de Ritos, mas, embora sempre pequena e humilde, a OSB-EA se sente feliz que, em tudo isso, mantem uma caminhada marcada pela estabilidade.

Em 2022 no Mosteiro da Transfiguração, da Ordem Beneditina Camaldolense, em Mogi das Cruzes, São Paulo, foi realizado sob Priorado de Frei Jerônimo o PRIMEIRO RETIRO GERAL DA OSB-EA, reunindo ao menos um beneditino das Dioceses Anglicanas de Pelotas, Sul Ocidental, São Paulo, Rio de Janeiro, DMO (Mato Grosso do Sul) e Recife, estando então todos os locais onde havia membros da OSB-EA representados.

Retiro da Ordem 2022

ESTE É O SITE OFICIAL DA ORDEM DE SÃO BENTO EPISCOPAL ANGLICANA
Desenvolvido por Webnode Cookies
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora